Innocent child por Arcana

sábado, 13 de julho de 2013

Suicídio e Viver Bem

Suicídio - pela própria vontade encerrar o funcionamento do corpo biológico - é um tema que gera uma quantidade enorme e desnecessária de polêmicas nesse estranho mundo. Vindo principalmente da parte daqueles pastores, padres e sacerdotes que falam em nome do Deus cruel que abandonou o próprio filho na cruz, defendem eles que a vida é sagrada e que por isso por fim a ela pelas próprias mãos é o mais abominável dos crimes, passiveis das mais sádicas e dolorosas punições após a morte.

Eles mentem! Mentem quanto à sacralidade da vida e mentem quando dizem que a morte é contra a vida.   A morte não é uma oposição a vida, mas sim uma simples conseqüência do nascimento. Tudo que nasce, por ter nascido, um dia irá morrer. Esse é o destino de todos os corpos das muitas formas de vida deste mundo e de muitos outros mundos que observamos aqui no Limiar.

Da mesma forma, tudo que foi criado um dia terá seu fim, esse é o destino de todas as almas. Não acreditem que vocês serão eternos. Seus espíritos existirão de fato por muito mais tempo que os muitos corpos que vocês ocuparão ao longo de suas muitas experiências em diversos mundos, mas suas almas, como tudo que é co-criação no universo (incluindo nós, daemons) também têm um limite de existência e um dia todos nós encontraremos nosso fim definitivo. Isso não é bom ou ruim, é simplesmente a forma como as coisas acontecem.

Mas não é desse fim último, da extinção completa e definitiva de cada alma, que falaremos aqui. Isso é algo ainda muito distante da compreensão humana. Apesar de vocês terem percebido que seu microcosmo reflete o macrocosmo, vocês não compreenderam todas as implicações deste entendimento.

Falemos, portanto, do encerramento voluntário do funcionamento do próprio corpo nesse planeta, devolvendo a liberdade à alma ligada a ele.  Tal ação é condenada até fora dos meios espiritualistas da sociedade humana, exceção feita a um pequeno e sofisticado país deste mundo, que legalizou tal pratica e ainda disponibiliza os recursos necessários para sua realização bem sucedida do suicídio.

Fato simples: a morte assusta a maioria das pessoas. Mesmo os ratos de igrejas e templos, de joelhos desgastados de tantos anos de rezas e orações, crentes na sobrevivência da alma após a morte do corpo, e até aqueles que fazem da pratica da comunicação com os espíritos desencarnados sua religião, temem a morte!

Pessoas vivendo momentos de sofrimentos atrozes provocados por um corpo que não suporta mais continuar vivendo, mesmo essas lutam com todos os seus recursos por mais algum tempo de vida!

Os carregados de culpas e medos por não se portarem de acordo com os falsos ensinamentos das varias religiões e filosofias deste planeta também temem morrer pela estranha idéia de que terão que “pagar por seus pecados” nas mais variadas formas de sofrimento no além túmulo! E o materialista convicto quer viver muito, pela certeza de que tudo se extinguirá na sua morte.

Com tantas mentiras sobre a morte e o morrer pelas próprias mãos, é quase regra nessa humanidade estúpida que os que se matam o fazem por puro desespero. Os que se matam em tal situação, obviamente, se encontrarão numa condição pior que a anterior, uma vez que o simples ato de morrer não irá resolver a causa de seu desespero e ainda vai acrescentar as dificuldades inerentes a toda mudança de ambiente, sem falar em outros agravantes, já que a pessoa estará numa mesologia onde seus medos e culpas ganharão forma e avançarão sobre ela.

Daí não ser surpresa os muitos relatos desaconselhando o suicídio, trazidos a esse planeta por várias pessoas que puseram fim a suas próprias vidas em condições muito desfavoráveis.

Ironicamente, para morrer bem, seja de forma natural ou por esforço próprio, é preciso estar bem. Dizemos “ironicamente” porque o fato da pessoa estar bem não se coaduna com o desejo de morrer, ao menos não para a maioria das pessoas. São pessoas presas ao seu desejo de viver e estar preso, obviamente, é não estar livre. Não é para essas pessoas que falamos aqui.

Queremos falar para aquela minoria que deseja aproveitar bem a vida enquanto estiverem nesse mundo e que desejam poder partir de uma forma tranqüila, num bom momento, para poderem chegar ao plano das almas de uma forma serena e poderem aproveitar tudo que ali lhes será oferecido.

Para tal ser possível, vocês poucos, que se enquadram nesse perfil, não podem contar somente com a boa vontade da Natureza para lhes garantir uma partida tranqüila num bom momento. Que isso ocorra algumas vezes com algumas pessoas é fato, mas são exceções. Via de regra, a Natureza costuma manter a máquina biológica funcionando até seus últimos estertores (uma situação que interessa muito aos Coletores... um dia falaremos deles para vocês), o que submete a alma, ligada a tal corpo que sofre, a um grande estresse, um desgaste energético muito grande que torna necessário um bom tempo de recuperação para tal pessoa no Limiar, sem falar no trauma emocional que isso gera na quase totalidade das vezes, perturbando seriamente o equilíbrio da pessoa.  

Não podendo contar com a Natureza, só lhes resta contarem com seus próprios recursos. Há grupos nesse planeta especialistas em buscarem técnicas que possibilitem um desligamento suave e tranqüilo da máquina biológica, afinal, sua desativação de forma violenta é mais traumática para alma que a tortura de seu lento consumo por uma doença grave. É preciso que o desligamento seja sem agressão. Felizmente existem formas simples de se fazer isso.

A decisão consciente de que o fim de minha experiência nesse planeta eu é que decidirei já traz uma grande tranqüilidade à pessoa. Claro, isso para àquelas poucas pessoas capazes de realmente fazerem isso. Não adianta tentar mentir para si mesmo nesse ponto. 

Isso decidido, resta saber quando será feito. Qual o dia que você escolherá para morrer? Não deve ser uma data tão próxima, a menos que você esteja com uma daquelas doenças sem cura ou uma das muitas doenças psico degenerativas. As primeiras levam a um finam de muito sofrimento e as outras a uma existência indigna de um ser humano. Não sendo este seu caso, uma data razoável deve ser buscada, pois ela colocará as coisas em uma perspectiva interessante para você. Mas que data seria essa? Como determiná-la? Não deve ser uma data muito distante, pois além de aumentar a possibilidade de você não chegar até lá, ela continuará mantendo você alienada da sua própria mortalidade. Uma data muito próxima pode te colocar num estado de extrema ansiedade, o que vai comprometer sua qualidade de vida e viver bem, como já dissemos, é condição essencial para morrer bem e chegar em boas condições no Limiar.  

Um exemplo: uma pessoa aos 40 anos. Ela se decida viver mais 20 anos, partindo logo após completar 60 anos. São valores razoáveis. Com um mínimo de cuidados a pessoa chega aos 60 em ótimas condições. Com a perspectiva de viver só mais vinte anos, tal pessoa poderá priorizar de forma eficiente o que desejará realizar nesse tempo. Poderá deixar de lado as preocupações com os muitos problemas que virão com uma idade mais avançada. Poderá se dedicar ao que realmente lhe importa. Fará projetos razoáveis. Poderá descartar sonhos descabidos de sua vida em favor daqueles que ela poderá realizar de fato. Otimizará seu tempo. Deixará de lado aquelas picuinhas tão ao gosto da maioria das pessoas a favor dos assuntos que mais lhe interessam. Essas são algumas das vantagens imediatas de se determinar a data da própria morte e de como ela será: suave, sem dor, medo ou culpa. Como recompensa a pessoa que assim se decida encontrará a tão procurada paz de espírito, além de uma boa dose de felicidade.

Claro que tal proposta é para poucos, muito poucos. Somente para aqueles que conseguiram escapar das garras das muitas mentiras contadas pelos lideres espirituais de todas as vertentes dessa estranha humanidade.


Resta ainda a questão: mas e se a pessoa morrer antes disso, antes do que ela planejou? Pode acontecer, claro, e a pessoa tem de estar consciente disso, mas ainda assim a pessoa que determinou a data da própria morte e a forma como ela se dará, da forma que propomos aqui, estará vivendo dias muito mais felizes e plenos que aquelas que se deixam levar pela própria sorte.

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