Innocent child por Arcana

terça-feira, 20 de maio de 2014

Melancolia

Ah Melancolia, minha eterna amante e força negra da minha alma! Dia escuro e chuva fria num mundo de eterno entardecer. Nosso mundo, meu lar e nosso reencontro! A alegria de finalmente poder dizer: morri! Nenhum som aqui, nunca! Nenhum movimento que não os de minha alma junto das criações humanas espalhadas a teus pés, para deleite do teu desprezo. Olhe para elas Senhora, o orgulho de deuses que nunca fomos! Quanta faina nessas criações! Um piscar do Tempo e onde elas estão agora? Quantas tolices falam da Senhora, minha bela companheira! Teus lábios nos meus e mergulho na perdição de mim mesma! Onde está a luz que diziam brilhar em cada alma? É tão escuro aqui! Um pensamento descuidado nos fez! O esquecimento é meu destino junto a ti, Senhora. Não me mande para lá novamente, meus pecados já foram perdoados e o ceifador demorou demais para chegar! 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Livro que amo!

Quando vi este livro,uma certeza: somente um portador da Síndrome do Estrangeiro poderia pensar num título assim!

Vi uma foto do autor. Como nossos olhos nos entregam!


Peço. Chega o livro. Demora? O Tempo nunca é para quem tem a sest.


As primeiras palavras: 


"- voltado para mim, irei perdido pelas trilhas escuras de mim mesmo até imaginar o outro, e sê-lo neste passeio inútil, sem ter sido aquele outro eu mesmo, mas eu mesmo sei que pedalo para o atropelo".


Perfeito! Não pertencer a Lugar algum! Não importa onde a alma vá, ela nunca está! 


Do Limiar pode-se olhar para todos os lugares.


Sonhadores de mundos, os habitantes do Limiar.


Afinal, alguém tem de sonhar o Universo para que as filhas e filhos de outros deuses tenham onde estar. 


Mundos para outros, nunca para si próprios. 


Sempre vivendo no Limiar, no silêncio dos não-mundos, onde a Luz com suas mentiras jamais entrará!


Mas... e se uma sonhadora um dia encontrar-se com seu próprio sonho?...